quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Entrevista - Michelson Borges


Michelson Borges é jornalista, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Foi professor de História em Florianópolis e editor do jornal da Rádio Novo Tempo daquela capital, onde também apresentava um programa de divulgação científica. É editor de livros na Casa Publicadora Brasileira. Também é autor dos livros História da Vida, Por Que Creio, Nos Bastidores da Mídia (também publicado em espanhol, com o título Detrás de los Medios), Esperança Para Você e da Série Grandes Impérios e Civilizações, composta de seis volumes. Mestre em Teologia pelo Unasp, é membro da Sociedade Criacionista Brasileira e tem participado de seminários criacionistas por todo o Brasil. Casado com Débora Tatiane (co-autora do e-book Deus Nos Uniu), tem duas filhas. Ambos gostam de desenhar nas (poucas) horas vagas. (Biografia cedida pelo Michelson Borges no Blog Criacionismo)
Entrevistei via e-mail o Jornalista Michelson Borges, autor do Blog Criacionismo, o maior blog criacionista da atualidade, para a matéria de técnicas de entrevista. Ele nos fala um pouco de sua vida e carreira.

1. Michelson, fale-me um pouco sobre a sua infância e a influência que a religião teve sobre ela?
Venho de uma família católica. Minha mãe sempre foi muito devota e nos levava à missa desde pequenos. Por outro lado, tínhamos livros de ciência em casa; enciclopédias interessantes e ilustradas que meu pai havia adquirido anos antes de eu nascer, e que despertaram meu gosto pela ciência (meu nome vem de um desses livros, que traz uma reportagem sobre o físico Albert Abrahan Michelson). Agradeço aos meus pais por essa herança religiosa e científica que me ajudou a buscar em Deus e no conhecimento as respostas para muitos dilemas que enfrentei na adolescência e juventude. Foi nessa busca que acabei encontrando o adventismo e o criacionismo e completando minha formação religiosa/filosófica.

2. Como foi que você escolheu fazer jornalismo? E teologia? Foi difícil conciliar as duas carreiras?
Fui batizado na Igreja Adventista na mesma época em que passei no vestibular para Jornalismo na UFSC. Sempre gostei de escrever e pesquisar assuntos diversos. No ensino médio (cursei química), criei um jornal para o colégio e era muito prazeroso escrever e editá-lo. Isso me ajudou a definir a escolha por Comunicação Social. Depois de formado e trabalhando na editora da igreja, cursei o mestrado em Teologia no Unasp, um sonho que estava acalentando fazia tempo. Se é possível conciliar as duas áreas? Para mim, que trabalho na imprensa da igreja, é bem mais fácil, sem dúvida. A comunicação pode e deve ser usada para transmitir valores e mensagens de esperança. Se trabalhasse na imprensa secular, seria um pouco mais difícil essa conciliação, mas não impossível, evidentemente.

3. Quando você começou a defender a bandeira do criacionismo em sua vida? E como foi a concepção do blog “Criacionismo”?
Eu era evolucionista teísta antes de conhecer o criacionismo. Naquele tempo, havia pouca literatura sobre o assunto e pouquíssimas pessoas sabiam o que é criacionismo (hoje, muitos já ouviram falar, mas de forma preconceituosa, infelizmente). Quando descobri que havia uma teoria que procura harmonizar coerentemente o conhecimento teológico com o conhecimento científico, fiquei fascinado e comecei a me aprofundar no assunto. Anos depois, resolvi disponibilizar em linguagem acessível todo o resultado dessa pesquisa. Nasceu o blog www.criacionismo.com.br.

4. É aparentemente difícil que os grandes intelectuais interajam ideais religiosos e criacionistas, mas você vai na contramão deles. Por quê?
Na verdade, a profundidade em ciência e filosofia nos aproxima de Deus. Bons exemplos disso são os grandes cientistas fundadores do método científico, como Galileu Galilei, Isaac Newton, Copérnico, Van Helmont e outros. Eram homens de ciência e de fé. Poderia citar ainda Blaise Pascal, Antony Flew e os brasileiros César Lattes e Marcos Eberlin. Portanto, considero-me em muito boa companhia...

5. Segundo o professor do curso de jornalismo do UNASP, o Pr. Allan Novaes, todo ser humano passa pelo menos uma vez na vida por uma situação extremamente difícil. Situação essa que o obrigará a sair de sua “zona de conforto”. O resultado disso seria uma fé definida, e com raízes mais fortes, em nosso Criador, ou a ausência dessa fé. Você já passou por esta experiência? Se sim, pode compartilhar conosco?
A conversão ao adventismo, no fim da década de 1980, foi um momento crucial em minha vida. Tive que repensar muito conceitos e Deus precisou permitir que algumas situações marcantes ocorressem para que eu percebesse a necessidade de mudança. Minha esposa e eu estamos relatando essas experiências no livro “Deus Nos Uniu”, cujos capítulos (ainda em construção) estão disponíveis num link em meu blog.

6. O que o faz levantar cada dia neste mundo, e mesmo em meio a tanta maldade, acreditar que haja um Deus que Se preocupa com você? Por que acreditar que esse Deus irá voltar aqui? (um argumento teológico e outro filosófico se possível)
Apesar da maldade e dos problemas do mundo, quando contemplo a harmonia fina das leis que regem o universo e a complexidade integrada e irredutível dos processos biológicos, não posso pensar em outra coisa senão em louvar a Deus. Os problemas nessa criação mostram que houve algo de errado na história passada que ainda afeta nosso planeta, mas não que não haja um Deus Criador. Esse Deus Se revelou na Bíblia e esse livro me diz que Ele me ama e materializou esse amor na vida e morte de Jesus. Tudo o que as profecias bíblicas anunciaram tem se cumprido à risca. Por que vou duvidar de que a última profecia dela vá se cumprir? Creio de todo o coração e mente que Jesus voltará, pois não faria sentido ter morrido para nos redimir e nos deixar abandonados neste mundo.

7. O blog A Arte de Pensar tem discordado fortemente, às vezes até de forma ofensiva, dos criacionistas, adventistas e, mais especificamente, o blog Criacionismo e você como o autor. Por que você acha que isso acontece? Em sua opinião, seria possível uma sociedade em que criacionistas e evolucionistas vivam em perfeito respeito de opiniões?
Confesso que não conheço esse blog, mas conheço pessoas que discordam de mim e do criacionismo. Já li muitos livros desse tipo. Isso é bom. O contraditório é importante para que o conhecimento seja ampliado e erros, corrigidos. Analisando o assunto mais a fundo, percebe-se que as discordâncias têm que ver com o aspecto filosófico das cosmovisões. Naturalistas e teístas/criacionistas nunca vão concordar no que diz respeito à existência ou não de Deus, pois assumem sua posição a priori, de maneira filosófica. Poderia haver acordo se ambos se despissem da filosofia e tratassem apenas da ciência experimental. Daquilo que pode ser verificado em laboratório, como a microevolução, por exemplo. A indisposição dos evolucionistas de conhecer melhor as pressuposições criacionistas tem atrapalhado e muito o diálogo. Mas também há criacionistas que mal conhecem a ciência e o pensamento darwinista e que atrapalham igualmente a aproximação entre os dois grupos.

8. O escritor cristão C. S. Lewis em seu livro “Cristianismo Puro e Simples” diz que pode haver muitos que seguem crenças erradas mais perto de Cristo do que alguns que seguem as crenças corretas. Isso vale para evolucionistas também, que conhecem o criacionismo e, mesmo assim, ignoram a existência de Deus?
Isso pode acontecer, sem dúvida, pois sinceridade nem sempre tem que ver com conhecimento doutrinário/científico. Mas também creio que somos responsáveis pelo conhecimento que está à nossa disposição e que conscientemente negligenciamos conhecer. Se Deus existe e eu o nego, posso estar descartando a maior revelação do universo e que vai determinar minha vida eterna. Isso é muito sério para ser tratado com desprezo. Se a Bíblia é de fato a palavra desse Deus e eu a descarto por puro preconceito, sem estudá-la, dando-lhe o “benefício da dúvida”, minha perda pode ser igualmente eterna e de consequências drásticas. Se a pessoa é realmente sincera, vai procurar conhecer o que está por trás das discussões e finalmente encontrará a verdade. Assim creio.

9. Stephen Hawking, uma das grandes mentes da atualidade, disse certa vez: “Há uma diferença fundamental na religião, que se baseia na autoridade, e na ciência, que se baseia na observação e na razão.” Essa afirmação é verdadeira? Por quê? Podemos basear a religião na razão também?
A própria afirmação de Hawking contradiz o que ele afirma. Devo aceitar a opinião dele só por que vem da autoridade dele? Na ciência também há muito de autoridade e metafísica; nem tudo é só “observação e razão”. Tente criticar Darwin ou o darwinismo em público e você verá como isso é verdade. Creio que tanto na ciência quanto na religião as pessoas deveriam buscar a verdade por si mesmas, aliando fé e razão. A verdadeira religião é experimental (relação com Deus) e racional (a apologética que o diga).

10. Stephen Hawking passou por experiências ruins que o levaram ao ateísmo. Uma delas foi que em sua infância, ao questionar uma autoridade religiosa local sobre a certeza de um Criador, foi duramente repreendido. Outro grande pensador, Darwin, parece ter criado a teoria da evolução a partir de uma “rixa” que teve com Deus. Você acha que o ateísmo deriva de observações concretas ou da raiva que eles têm de Deus?
O ateísmo pode ter muitas razões. Pode ser a influência de família ou mesmo a transferência para Deus de mágoas de infância contra o pai, como bem explica o livro “Deus em Questão”, de Armand Nicholi Jr. Outro que teve experiências ruins na infância foi Richard Dawkins. Ele admite que sofreu abuso num colégio religioso na Inglaterra. Com certeza, isso fez com que ele desenvolvesse resistência à religião e a Deus. Hoje Dawkins procura argumentos racionais para manter uma posição que, em seu cerne, é emocional. O autor de “O Código Da Vinci”, Dan Brow, também se decepcionou na infância com religiosos. De ateu acabou se tornando esotérico. E Darwin, quanto se saiba, nunca foi ateu. Foi agnóstico.

11. Gostaria de mandar um recado aos amigos ou adversários evolucionistas e/ou ateus?
“Analisai tudo, retende o que é bom” (1 Tessalonicenses 5:21).

12. O que você diria para um futuro jornalista?
Procure obter uma formação eclética, lendo tudo o que puder de várias áreas do conhecimento. Mantenha a mente aberta, mas sem abrir mão de seus valores pessoais. Desenvolva seu senso ético e seja sempre honesto consigo mesmo e com a verdade dos fatos.




Quero expressar aqui a minha gratidão ao Michelson Borges pela entrevista e pelo apoio que tem dado a mim quanto a este Blog.

[ twitter.com/BrunoSNN ]

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Eleições 2010, um desastre!!


Ontem foi o primeiro turno das eleições do país. Cara, que ótimo! A felicidade inunda minha alma desde o âmago de meu ser, até a descarga de meu vaso sanitário. Ontem tive a oportunidade de escolher quem irá me roubar durante os próximo 4 anos!!! Incrível! Demais! Nunca estive mais feliz em toda minha vida! E o melhor de tudo é que – segure-se na cadeira – EU FUI OBRIGADO!! Não tenho nem palavras. Melhor que isso só se eu tivesse que escolher entre assassinos e estupradores! Não tivemos tanta sorte esse ano, né..

Minha indignação não podia ser maior nesta segunda-feira imediata ao domingo do 1º turno. Tenho que admitir que a democracia do Brasil é melhor que a de muitos países, mas ainda é um projeto de uma democracia verdadeira. A relativa liberdade e a demora nos processos legais e jurídicos comprovam que não estamos em um país ditatorial. Porém é um absurdo sem tamanho o cidadão ser obrigado a votar. O princípio da democracia é a liberdade, e eu não tenho a liberdade de escolher se quero ou não participar indiretamente da robalheira. Sim, você vota e participa INDIRETAMENTE de todo desvio de verba, caixa dois e corrupção, que tem lá em Brasília. Para que esta fosse uma democracia de verdade, três coisas não poderiam acontecer: 1-Eu não poder votar; 2-Alguém escolher meu voto por mim; 3-Eu ser obrigado a votar.

Mas beleza, fui obrigado a me envolver. Com a consciência muito pesada fui até as urnas. Graças a Deus, a mente brasileira pelo menos colocou o botão “Branco”, que foi a minha salvação naquela hora. Ao contrário do que muitos pensam, os seus votos brancos não vão pro 1º corrupto da fila. Desde a Lei 9.504 de setembro de 1997, os votos brancos e nulos são computados apenas para fins estatísticos. Dizem que “ajuda” quem estiver em primeiro por que se você vota em branco ou anula o seu voto, é um voto a menos contra o primeiro colocado. Claro que é um voto a menos contra o segundo também, por tanto você não ajuda e não atrapalha em nada.
E pronto. Votei em branco por que fui obrigado a votar. Se não fosse, não teria nem saído de casa. As pessoas falam: “se você não votar, não pode reclamar”. Ai eu digo: “Se eu reclamar depois que votei, o que adianta”? Eu já fiz a estupidez de colocar dar o meu apoio a um dos ladrões. Eu que coloquei lá, agora já era. Não adianta chorar pelo leite derramado. Se eu não voto, ai sim que eu posso reclamar, já que não fui eu quem colocou o cara no trono. Além do mais você já tentou correr atrás do seu deputado que não cumpriu o que prometeu? Se não, tente. Você vai ver como vai ser recebido no escritório dele. Não adianta reclamar. Votou já era. O negocio seria se o povão se juntasse e mostrasse a força da população fora da eleição. Sem violência, é claro. Mas isso não vai acontecer.

Agente fala que todo mundo lá é ladrão, mas isso nós não podemos afirmar. Com certeza existem bons deputados. Não duvido nadinha disso. Mas é como um colega do meu pai disse uma vez. Não vou falar o nome dele por questões éticas, mas foi um importante político cristão de São Paulo, e passou um tempo como governador também. Ele disse que o político que quer crescer tem que se sujar.

Podemos não conhecer todos os deputados, mas conhecemos pelo menos os presidentes do Brasil. Eu já havia falado um pouco dos dois principais candidatos nesta postagem http://poquepena.blogspot.com/2010/06/vou-arriscar-no-serra-mesmo.html . Só pra lembrar, nela eu havia lembrado a você que a Dilma pode virar uma ditadora, começando por diminuir drasticamente a liberdade de imprensa, já que nem ela, nem o PT e tampouco o Lula, que quer continuar no poder, gostam da imprensa.

Já o Serra é mais amiguinho da imprensa, mas não tá nem ai para a economia. Ele tá afim de vender as coisas, colocar pedágio, favorecer grandes empresários, por que é isso o que o partido dele faz. Fica bem claro que é um perigo votar nele quando você percebe que os grandes veículos de comunicação apóiam o partido dele. Logicamente é um perigo voltar na Dilma também, por que pouquíssimos veículos a apóiam.
E a Marina? Bom, a Marina perdeu meu voto por que as idéias dela que não envolvem o meio ambiente vão contra os meus princípios. Alias, falando em princípios, eu espero que nenhum dos leitores tenha tido a pachorra de ajudar o Tiririca a se eleger. Concordo que é um ótimo jeito de protestar. Já que a política tá uma palhaçada, vamos colocar um palhaço de verdade lá, ué. O problema é que rola uma matemática ridícula, que um dia eu conseguirei entender, por trás desses votos. Mas de modo simples ela define que os votos de um cara de um determinado partido podem ajudar a eleger outro cara do mesmo partido. Por isso, caro leitor, que existem candidatos famosos, gente simpática, pessoas que você vê na TV com pouca roupa, jogando futebol ou contando piada. Assim os caras que realmente importam ficam invisíveis por trás e acabam sendo eleitos. Quando você vir um candidato famoso, não vote nele! É muita sujeira por trás. Cuidado.

Agora, é realmente o fim da picada é saber que o brasileiro, depois de tudo o que passou, continua estúpido o suficiente para votar no Maluf, Collor e família Sarney. Gente, por favor, né. Esses caras ainda são votados. Se não fosse o Ficha Limpa, acredite, o Maluf estaria eleito com mais de 500 mil votos nesta eleição. Vamos ser um pouco mais conscientes, né??

Continuando, cheguei á escola “feliz da vida”, querendo acabar com aquela tortura logo. Fiquei mais nervoso ainda quando eu vi que precisava ter levado o título eleitoral. Não, querido leitor, não estava desinformado não. Para explicar o que aconteceu, vou voltar um pouco.

Sabendo do fato de que a massa populacional brasileira tem cérebro, mas não usa, e fazendo o eleitor de palhaço, o STF, assim como a câmara dos deputados e o senado, julgou leis às escondidas, como fazem em todo o grande evento (sim, republica do pão e circo). Para dar ao eleitor o que roer, o STF julgou á portas escancaradas aquela história completamente irrelevante de ter que levar ou não o título eleitoral na hora da votação. Eu não sei nem o que dizer sobre isso. Infelizmente a coisa piora. Eles decidiram, dias antes da eleição, que o título não mais seria necessário. Hum, ótimo! Não preciso mais de dois documentos para votar, somente um, e esse um não tem nada a ver com as eleições. O documento que tem a ver com as eleições nós podemos deixar em casa..

Então pra que raios eu tenho que tirar o título de eleitor? Não é muito mais fácil eu simplesmente ir lá, fazer um cadastro e ir embora? Não, nada disso. Tenho que perder algumas tardes pra fazer um cartãozinho para que eu possa votar, mas eu não vou usar ele para isso. Estou sendo meio redundante, mas é para expressar a minha fúria para com essa palhaçada. Foi como Walter Longo, mentor de estratégia do grupo Newcomm (em outras palavras, conselheiro do Roberto Justos no Aprendiz), disse em seu Twitter no domingo das eleições: “Brasil é um país exótico: para tirar passaporte e fazer concurso precisa de título de eleitor. Mas, pra votar, não!!!”
Mas beleza. Como um cara bacana, cidadão cumpridor das leis que sou eu, não levei o meu título, mesmo por que não sei mais onde ele está. Cheguei tranquilão achando que ia votar e cair fora. Até que eu descobri que eu não sabia qual era o número da sessão que eu ia votar... Entendi que, mais do que nunca, esta foi outra decisão inútil do STF, órgão do governo que eu menos repudio. Você tem que levar seu título ou decorar o número do sanitário em que você dará descarga no Brasil.

Ufa. Agora que coloquei pra fora estou mais calmo. No domingo eu não consegui votar no Serra. Eu disse que votaria nele, mas não tive coragem, minha consciência não permitiu. Anulei o voto. Mas dessa vez não vai dar. Vou ter que votar no Serra para tentar garantir que a liberdade de imprensa desse país continue. Não estou afim de que o Brasil seja igual à Argentina, paísinho sem noção, onde a imprensa tem freios controlados pelo governo, ou ao México, país com o maior número de jornalistas assassinados no mundo. Eita! Já ia esquecendo... No último domingo de outubro estarei cobrindo o Campori da AP e infelizmente não poderei expressar a minha cidadania votando em um vendedor de Brasil. Terei que justificar. Céus, como estou triste...

P.S.: Está nas suas mãos. Vê se vota consciente.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Você e Deus























Tinha um homem chamado Deus. Deus, não suportava o céu sem uma determinada criatura. Ele já tinha tudo lá. Tinha um Filho bondoso, um Espírito poderoso, tinha anjos por perto, árvores, flores, ouro...! Mas não se sentia completo. Um dia, caminhando por entre o estupendo jardim que criou, Deus disse:
- Puts! Vo criar a Hailey [nome fictício que eu, o escritor, vi em um livro, achei legal, e pus aqui por que ninguém chama Hailey, não no nosso país].
E lá foi Deus criar a Hailey. Ele se abaixou, ficou de joelhos no chão, e puxou terra pra perto. Juntou um monte. Olhou para um lado e para o outro, e viu que estava muito longe do rio. Sem perder tempo, disse:
- Água. – E alguns litros de água caíram sobre aquela terra.
Calmamente Deus moldou sua criatura, conforme o modelo em seu espelho. Começou pelas veias e nervos, logo passou para os tecidos, ossos, músculos, órgãos internos, pele, e com um pequeno pauzinho, fez cada poro com um furinho. Levou o dia todo para fazer tudo funcionar sem problemas! Tirou alguns últimos defeitos, acertou os detalhes e concluiu:
- Perfeita.
Soprou uma brisa e esta preencheu cada milímetro dos pulmões da Hailey. Ela abriu os olhos.
Deus, feliz da vida, começou a pular de alegria. Sua mais perfeita criação estava pronta. E era linda.
Hailey ainda estava entendendo o que acontecia. Não sabia direito o que se passava, só sabia que gostava muito daquele homem sorrindo em sua frente.
Logo Deus quis deixá-la feliz. Fez uma flor nascer ali mesmo. Hailey ficou encantada! “Que cheiro maravilhoso”. Deus fez então uma árvore, e tirou uma fruta para ela comer. “Que delícia!”. Sem ter tempo para apreciar a doçura da fruta, Hailey viu que Deus fazia outra coisa. Passarinhos coloridos saíram de suas mãos! Hailey adorou.
Pulando de alegria, Deus a levou por um passeio em seu lindo jardim. Mostrou a ela cada canto. Deu de beber da água fresquinha da cachoeira. Ah, foram momentos maravilhosos, mas infelizmente não duraram para sempre.
Um cara mau por ali passava. Chamava-se Luxúrio. Luxúrio era um homem muito bonito. Alto, loiro, cabelos lisos, olhar penetrante, peitoral sarado, postura ereta, sedutor. Era quase como o escritor desse Blog. Os olhos da Hailey foram atraídos a ele. Ela gostou. Deus estava ali para protegê-la de gente assim. Mas ela O afastou por um momento, só para ver como Luxúrio era.
Suas mãos fortes foram de encontro as da Hailey. Deus, muito ciumento, logo percebeu e puxou a filha para perto novamente. Mas ela queria só queria dar mais uma olhada rapidinha no rapaz. Era só o que ele precisava para se apossar da garota. Entrou em sua vida, colocando-se entre ela e Deus.
Seduziu a moça, sem se importar com mais nada, e colocou um pesado fardo sobre ela. Queria aproveitar o momento. Mas não iria aproveitar sozinho.
Uma amiga dele que por ali passava, chamada Moda, juntou-se à brincadeira. Hailey era uma garota linda, magrinha, cabelos castanhos escuros muito brilhosos, carinha de anjo, perfeita para tornar-se uma “topmodel internacional”. A moda deu um jeito em seus cabelos brilhantes e colocou-lhe uma boa camada de “rosto falso” chamado maquiagem. Mas ela não estava magra o suficiente. A moda disse que ela deveria emagrecer mais.
Hailey agora induzia o vomito sempre que comia. Não queria nem saber de gordurinha nenhuma. A cada dia marcava seu rosto perfeito com lápis, batons, cremes e pós. Seus belos cabelos castanhos agora não ficavam sem uma boa quantidade de laquê. Hailey estava irreconhecível com o novo fardo que a moda lhe impôs.
Mas Hailey não estava agüentando aquela rotina. Achava aquilo tudo muito cansativo. Mas a moda tinha uma solução. Apresentou a pequena à sua amiga Bebida. Hum, estava geladinha, espumante, transbordando de álcool, do jeito que a Moda gostava. Nos primeiros goles, Hailey engasgou. Era ruim, muito forte, mas todo mundo bebia. Começou a se acostumar e a gostar daquilo. Cada copo de bebida trazia mais “amigos” pra perto dela, porém acrescentava mais um fardo às suas costas cansadas.
Hailey agora não dormia mais. Suas noites eram marcadas por intermináveis horas de vômitos e fortes dores de cabeça. Ela ficava acordada, com a cabeça na privada de sua casa, com a lua como testemunha de seu sofrimento.
Aquilo era terrível. Não gostava de passar as noites assim. Estava com cansada, com frio e com fome. Não queria mais aquilo. Mas tinha muitos amigos que podiam lhe ajudar com aquilo. E foi o que um deles fez. Foi até a Hailey com cigarro, um pó branco, uma pedra e uma seringa. Hailey usou aquilo tudo e se sentiu melhor. Finalmente conseguiu dormir. Apagou onde caiu, na sarjeta, babando, no meio de uma madrugada chuvosa, enquanto a água suja passava por suas costas, acrescentando um novo fardo a elas.
A garota agora estava no fim do poço. Não se sentia mais a mesma. Estava feita, machucada, suja. Seu corpo doía. Pra quê Deus a criou, pra viver assim? “Deus” – ela se lembrava... “Quem era mesmo Esse”?Não queria mais viver, não daquele jeito. Mas outro de seus amigos tinha uma solução pra isso. Suicídio era seu nome, e apresentou-lhe a uma lâmina. Lâmina com a qual Hailey se feriu várias vezes. Sentia o sangue saindo de seu corpo.
Mas aquilo não era suficiente. Suicídio a queria morta. Para isso deu-lhe uma arma e a ensinou a usar. Hailey engoliu seco. Era daquilo que precisava, aquilo iria fazer com que todo o sofrimento acabasse. Tinha que usar agora.
Os “amigos” da garota assistiam a cena com atenção. Haviam trabalhado muito por aquele momento. Legiões de demônios incontáveis assistiam também. Foram bem representados na Terra por suas criações. Mas eles não eram os únicos que assistiam à cena. Hailey agora era o centro das atenções de todo o universo. Todos os seres e anjos criados viram o que havia acontecido, e aguardavam uma solução de seu Mestre.
Deus, atento à situação, chorava. Sua filha querida estava se entregando à morte. Havia se esquecido de tudo. Deus chorava.
Mas algo tocou o coração da garota. Um calor gostoso, uma sensação de que ainda era amada. Era o Poderoso Espírito falando ao seu ouvido. Ela já havia sentido aquilo. Sim! Havia sentido aquela mesma sensação há tempos atrás quando andava... Quando andava com Deus. Arregalou os olhos, percebendo a burrada que fez e soube o que tinha que fazer. Tinha que voltar.
Jogou a arma no chão e correu na direção de Deus novamente. Mas estava difícil. Tinha que lutar com todos os vícios, todas as coisas ruins que havia adquirido pra si própria. Seus monstros a atacavam sem dó, sob o comando de seu líder, Satanás. Ela lutava e lutava, mas não saía do lugar. Precisava de ajuda.
- Me deixa ir lá, pai. – Disse Jesus, o filho mais velho de Deus.
- Deixo. Vai salvar minha filha.
Jesus foi imediatamente ao socorro de sua irmãzinha querida. Irmão mais velho, muito ciumento, sofreu com as ações da irmã, e agora alguém iria pagar por aquilo.
Como um guerreiro furioso, Jesus avançou por cima dos vícios e maus amigos da garota, vencendo um por um por ela. Satanás vendo que o mundo sobrenatural invadiu o mundo natural decidiu partir pra briga também. Junto com seus demônios, atacaria Hailey impiedosamente até a morte. Mas Jesus chegou antes, colocando-se entre eles e a irmã.
Hailey agora não se sentia sozinha mais. Agora sabia que alguém lutava por ela.
- Vamos! Coloca sobre mim! – Gritou Jesus, estendendo as mãos.
- O que? – Hailey se virou para ele, tomando consciência da luta que se travava em seu redor.
- Seus fardos, coloque sobre mim!
“Ah não. Meus fardos não”. Agora Jesus pegou pesado de mais. Queria salvar a irmã, mas tomar os fardos dela... Ela sabia que era necessário.
- Por favor... – Implorou rouco, chorando.
Hailey sabia o que tinha que ser feito. Um por um, pôs todos os fartos sobre os ombros de Jesus. Ele sentia e fazia força para agüentar. Tinha que livrá-la daquilo tudo.
No último Hailey pensou um pouco. Era tão bonito, tão gostoso. Não podia ficar com um fardinho sequer? Não. Tomou a decisão. Laçou sobre Ele seu último fardo, sua última preocupação. Jesus quase caiu no chão, mas manteve-se em pé.
Agora as atenções se viraram para Ele. Todos os demônios desse planeta pularam nas costas de Jesus. Satanás enfurecido causava-lhe dores terríveis. A horda demoníaca possuída de um sentimento terrível de ira diabólica levou Jesus até o cume de um pequeno monte, ande assassinaram brutalmente o Filho mais velho de Deus sem qualquer piedade.
Mas ele não ficou assim por muito tempo. Não havia pecado, então não podia ficar morto. Ressuscitou em glória e poder, mandando demônios e vícios para longe da irmã. Tomou Hailey pela mão e a levou pessoalmente a seu Pai:
- Aqui Pai, sua filha que se perdeu, mas foi achada.
- Hailey! Querida! Como eu senti sua falta. – Abraçou-a fortemente, feliz da vida. – Por favor, nunca mais saia de perto de mim. Quero ficar cada segundo com você. – Deus implorava.
- Papai, me perdoa. – Suplicava com os olhinhos cheios de lágrimas.
- Eu te perdôo. – Com um movimento de suas mãos, Deus a limpou de toda sujeira do pecado, todo o vicio, todas as coisas ruins, e a transformou numa garota perfeita novamente.
- Não, o senhor não está entendendo. Me perdoa mesmo?!
- Perdoar pelo quê? Já me esqueci. Não sei do que está falando. – Respondeu Deus com um grande sorriso. Ele não lembrava mais.
- Eu prometo que vou ficar para sempre com o senhor, papai.
Abraçaram-se algumas vezes mais, e foram passear. A família estava junta novamente, feliz de uma forma indescritível. É uma pena que o momento não durou tanto quanto queriam. Deus se esqueceu das coisas ruins que Hailey fez. O problema é que ela também se esqueceu. Deu ouvidos ao mal de novo. A história recomeçou, igualzinha à anterior.
Você é a Hailey. Eu sou a Hailey. E fazemos o mesmo com Deus sempre que temos oportunidade. Mas acalme-se. Ele te trás para perto novamente, sempre que tem oportunidade.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Minha própria estupidez



Analisando a estupidez humana, não pude deixar de reparar em um ponto terrível que rasteja por sobre a face da Terra: eu. Neste Blog eu estive criticando alguns, xingando outros, mas nunca deixei de dizer a verdade. E eu, como ser humano propenso a idiotices, não escapo da verdade. A imparcialidade de um jornalista deve ser completa, e eu não seria imparcial se falasse da estupidez dos outros e não da minha.

Havia sido um “saco” de semana, e meu pai e as minhas irmãs haviam chegado do supermercado com as compras da semana naquela sexta-feira a tarde, eu acho. No dia anterior, Jéssica, a irmã mais nova, tinha ido a uma excursão da escola, munida de porcarias, com as quais se empanturrou até sair pelos dentes. Pondo de lado a intemperança da menina de 12 anos, faço apenas uma observação: ela é diabética. O resultado é obvio, passou mal no dia seguinte inteiro por que seu pâncreas não funciona.

No sábado ela já estava melhor, tanto que esqueceu que havia passado mal por comer porcarias, então a noite foi até a barraquinha de porcarias da rua e comprou não somente um, mas dois imensos e gordurosos pasteis suculentos de queijo, pingando óleo e colesterol. Mandou os dois pra dentro, deixando apenas o sebo nos botões do teclado e do mouse. Resultado obvio de novo: passou mal o domingo inteiro. Foi pro hospital na segunda. Dormiu lá na quarta e voltou na quinta, eu acho.

Certo, até ai só falamos da estupidez dela, e onde eu entro nessa história? Quando vi os salgadinhos e batatas fritas no armário, fiquei até meio feliz, mas quando a minha irmã os reclamou como sendo dela, fechei a cara e disse que ela não podia comer essas coisas. Deu de costas e me xingou, como sempre. Quando ela passou mal, meu ego foi satisfeito, visto que fui EU quem alertou sobre os efeitos da gordura em seu organismo. Em minha ingenuidade, pensei que desta vez ela teria aprendido. Desta vez, por que houveram muitas outras. Pois bem, ela não aprendeu.

Como um bom irmão preocupado e bondoso, como eu sou, disparei quando vi os pastéis: “Você vai passar mal de novo, vai pro hospital e vai morrer lá sozinha, por que eu não vou lá ver você morrendo por que não me ouviu e comeu essa porcaria”. Dito e feito. Faltou só morrer, de resto acertei. Porém cometi um pequeno e FATAL equívoco: esqueci que não sou melhor que ela.

Algo muito comum de acontecer quando se critica alguém é esquecer de que se é igual ou pior que a pessoa. Estamos todos propensos aos mesmos erros, às mesmas idiotices. Isso deve ficar bem claro. Também andei comendo coisa que não devia, ainda não sei o que. Fiquei com a mesma coisa que tinha a minha irmã, acredite você ou não. Uma maldita virose que me derrubou sem dó.

Minha irmã é a escória, assim como qualquer pré-adolescente que começa a sentir a TPM e pensa que todo mundo tem que sentir também. Sei que estava certo quando briguei com ela sobre o fato dela comer coisas que diabéticos não podem comer, como bolos de chocolate e pasteis, mas errei quando só vi o erro dela e deixei de pensar na possibilidade GIGANTESCA de eu errar também. E esse é o maior erro que alguém pode cometer: esquecer-se da própria humanidade. Quando isso acontece, as conseqüências podem ser catastróficas. É como falar mal do colírio do coleguinha e pingar pimenta nos próprios olhos.

Por favor, criatura, não cometa a mesma estupidez que eu!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Como identificar mulheres [emocionalmente] Fracas


Aeee! Depois de um longo recesso de uns dois meses, o escritor volta a este Blog. Estive entretido com diversas atividades extensas e adoráveis, de um jeito sarcástico. Volto hoje para falar de um assunto que perturbou o meu ser, me deixando indignado com a vida, pra variar.

Estava eu em minha casa, esperando a hora de ir pra faculdade. Num dado momento, resolvi ligar a TV no programa do Datena. Ele é um ótimo comunicador, admiro muito, mas não costumo ver o “Brasil Urgente”, apesar de ser até legalzinho. Pois bem, como era de se esperar, o programa trouxe a tona algumas desgraças que eu não tinha conhecimento. Logo ele começou a falar de um cara que matou sua estúpida esposa por ciúmes, depois falou de outro que matou os filhos da esposa, que realmente era a culpada, e se intitulou como o castigo de Deus pra mulher. Interessante, né?

Eu assisto a três seriados durante a semana, com exceção dos que passam na TV. Atualmente vejo a segunda temporada de “Leverage”, e, como acabei a primeira temporada de “The Big Bang Theory (TBBT)” comecei a primeira temporada de “Eu, a Patroa e as Crianças (EPC)”. No fim de semana eu paro com o seriado principal [Leverage] e começo com o alternativo, que é o “The Secret Life of the American Teenager (TSLOTAT)”. É uma tática que evita que eu enjoe ou fique sem ter o que assistir.

O TSLOTAT é muito bom. É adolescente para adolescentes, então tem clichês ruins a vontade, mas é um bom passatempo. Conta a história de uma adolescente de 15 anos que engravida em sua primeira relação sexual. Ricky, o cara, avista a linda, doce, e carente, para não dizer burra, Amy. Com seu papo inteligente e seu jeito sedutor, ele atrai Amy com muito jeitinho, até sua cama, onde eles passam momentos “fogosos” [que logicamente não são mostrados]. Amy rapidamente se arrepende, pois não foi tão bom quanto ela achava que seria. Mas ela já está na escola do Ricky, que adorou e relembra de novo e de novo a “pobre” garota do legendário “rala-e-rola” no acampamento. Ela fica grávida.

Coincidentemente ou não, acabo de assistir o primeiro episódio de EPC. Nele a família Kyle é apresentada. Jay, inteligente e dedicada ao trabalho, Junior talentoso e rebelde, Kady doce e nada ingênua, Michael a Lei, o Juiz e a sentença, e Clair a estúpida. Por que estúpida? Bem, a resposta vem nos minutos finais do episodio, quando a individua em questão depila suas sobrancelhas por completo para fazer com que um garoto note quem ela é. Com palavras próprias, ela fica parecendo “um polegar”. Concordo.

Nesse momento pelo menos uma dessas das seguintes coisas deve estar acontecendo com você. A primeira é pensando coisas horríveis de mim por eu ter xingado àquelas pobres moças e colocado a culpa nelas. A segunda é estar se perguntando por que eu fiz tamanha crueldade. Eu respondo dizendo que são todas culpadas pelas coisas ruins que aconteceram. As mulheres têm culpa sobre a própria morte ou a dos filhos por parte do marido, Amy tem culpa da gravidez, e Clair é culpada de seu terceiro polegar.

Como, em, no mínimo, 6.000 anos da raça humana, as mulheres ainda podem cair em mãos masculinas da forma que caem?? Eu fico furioso com isso. Abram os olhos, poxa! Detalhes como “Sou ciumento doentio” e “Sou violento doentio” se revelam nos vários meses de um namoro. Claro que essas mulheres possivelmente não tiveram meses de namoro, mas sim semanas. Devem ter se casado por emoção, no mínimo. Casamento tem que ser uma resposta racional ao que sentimos por alguém, que deve ser racional também. Não sou psicólogo, mas sei como saber sobre o ciúme de alguém. É fácil. Outra coisa bem fácil é saber sobre a tendência violenta. Se namorar certo, dá. É só conhecer a família. A possibilidade de assassinato cai.

Chego a conclusão de que esses problemas começam na adolescência. Uau, que descoberta. O início é apenas uma palavra “sexo”. Crianças, e eu falo de adolescentes, não estão preparadas para se aventurar por dentro do corpo de outra pessoa. Mas ai vem um idiota qualquer, com uma conversa muito boa, e a garota estúpida cai na rede. Vamos abrir os olhos, poxa. Um cara que te faz raspar as sobrancelhas – falo em sentido figurado – não é o melhor, com certeza.

É incrível a quantidade de coincidências que me levaram a este desabafo. O último episódio do TBBT foi o que eu mais gostei. A garota linda e boazinha foi magoada pelo namorado bonitão. Calma, não foi isso que eu mais gostei. O que eu mais gostei foi que o Leonard, o vizinho nerd esquisito e apoixonado, sai com ela no final. Achei muito bacana. Estava esperando por isso a temporada inteira. O que posso tirar disso é uma das falas da Penny. Ela disse que estava cansada de caras bonitões, musculosos e ricos que não valem nada. Ela queria alguém que realmente se importava com ela. Leonard estava bem ali, e ela não viu.

Como eu disse outro dia, o “cara que se importa” pode estar bem perto. E o “cara bonitão” vai te levar pro buraco. Agora, o cúmulo é quando o bonitão magoa a garota e ela volta com ele, todas, ou melhor, TODAS as vezes. Aí, velho, se mata. Lógico, a gente não pode esperar nada menos de uma sociedade que sabe que a maioria dos políticos é corrupta e continua votando nos mesmos (aliás, continua votando). Dá muita vontade de dar uns bons tapas em pessoas assim. E não estou falando do “cara”, nem dos políticos.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Crônica: Eu versus "Enciclopédia"



A situação a seguir aconteceu dia 16 de junho, entre mim e outro aluno de jornalismo. Eu sei que eu não costumo apagar o nome das pessoas, pois a minha teoria é que se alguém faz uma sacanagem, as pessoas têm que saber quem fez, porém não convém citar o nome dele. Foi um erro, espero acredito que não vai acontecer novamente.

Apenas para situar você no ocorrido, este aluno só tem uma matéria com a minha classe. Tal matéria se chama Formação Profissional 1. O professor fez um e-mail para a classe no Google Groups para que tirássemos nossas dúvidas. Mas no Google Groups tudo o que você manda vai para todos os e-mails cadastrados no grupo. Estas são as últimas semanas do semestre, então está chegando o dia em que temos que apresentar nossas horas de atividades complementares, mas eu não sabia qual era o último dia para isso. Como eu sei que vários também não sabiam, perguntei ao professor pelo e-mail do Google Groups. Ele não respondeu de primeira, mas enviou-nos um e-mail por engano. Logo eu pensei que ele também houvesse se enganado e apagado a minha pergunta sem querer. Nada de mais. Então enviei outro e-mail com a mesma pergunta. O professor, gentilmente, respondeu que estava averiguando qual seria a data.

Totalmente ao contrario da elegância do professor, o aluno, que vou chamar carinhosamente de “Enciclopédia”, enviou um e-mail muito chato pelo Google Groups, para que todos pudessem ver:


From:Enciclopédia.Humana@msn.com
Date: Wed, 16 Jun 2010 14:10:54 -0300
Subject: Re: [Formação Profissional] Aula presencial - segunda-feira, 21
To: E-mail.da.classe.do.Bruno.no.Google.Groups@googlegroups.com (também não vou colocar o e-mail da classe, NE? Não sou estúpido)
Mensagem:

Bruno, Acho que todos recebemos o e-mail do professor... Agora eu peço uma
colaboração sua... Minha caixa de entrada tem vários e-mail's que o remetente é você. Acho que você poderia sintetizar todas as suas dúvidas em um único e-mail. Quando você estudar as teorias da comunicação vai conhecer a tal função narcotizante...

Ficarei grato
Att,


Logicamente, como qualquer macho terrestre com um ego a defender, eu fiquei magoadinho com essa mensagem esquisita. Não havia necessidade de falar algo assim para que todos da classe pudessem ver. Foi muito chato. Ali ele parece educado, mas eu vou traduzir em frases mais populares para que o entendimento seja melhor. Ele quis dizer que:

Bruno, acho que todos recebemos o e-mail do professor... Agora, para não parecer mal educado, vou falar como se estivesse pedindo uma colaboração sua... Para de ficar mandando e-mails, droga. Você acha que isso aqui é o seu Twitter, Orkut? Não fica perguntando não, mano. Quando você tiver uma dúvida, espera ter outras, e então quando você tiver transbordando de duvidas, ai você as vomita todas de uma vez. Você ainda está no primeiro ano, ainda é uma criança. Não sabe de nada, como todos os que estão ai. Quando você estiver onde estou agora, vai poder ser como eu: saberá o que é a tal função narcotizante. Citei esta função apenas para deixar bem claro que você não sabe de nada, e que eu sou quase Deus.

Ficarei grato se obedecer à minha sabedoria, por que sei mais que você.
Att, Assim Termino este Texto


Chato, né. Fiquei bravo por três coisas: 1, ele falar que eu fico mandando um monte de mensagens e pedir para esperar todas as duvidas surgirem para perguntar pro professor de uma vez. 2, ele falar como se a minha classe não soubesse de nada por ser o primeiro ano. 3, ele dizer isso tudo na frente de todo mundo. Alias, não tenho a MENOR idéia de onde ele tirou a Disfunção Narcotizante... Beleza. Fulo da vida, retornei pra ele, ironizando totalmente, para que toda a classe pudesse ver também:

cara, eu não vou ficar esperando juntar um monte de duvidas pra perguntar de uma vez. Quando eu tenho uma dúvida que possa servir para todos eu pergunto por este e-mail. Acho que é pra isso que ele serve, se eu não estou enganado. Quando eu tenho uma dúvida só minha, eu mando direto pro professor.
Se tem um monte de e-mail na sua caixa em meu nome, então você possivelmente não apagou nenhuma (mensagem) desde o começo do semestre por que eu não uso esse e-mail para ficar mandando recados. Usaria o Orkut para isso, que é o lugar certo para por em prática a [dis]Função Narcotizante, que você talvez tenha pensado que eu não saiba.

Se você tiver mais alguma reclamação sobre mim, por favor faça somente a mim ou vá direto pro professor. Acho que os nossos amigos podem ser poupados de ter que ler coisas como essas.

Mas... Reclamação aceita. Peço desculpas da minha parte. Eu não mando propagandas ou Spams pra vocês. Se receberem essas coisas no meu nome, por favor me avisem para que eu possa mudar a senha do meu e-mail.
Irei filtrar minhas dúvidas de agora em diante.


Logo fiquei com a consciência pesada, sabe. Uma discussão dessas na frente de todo mundo... O professor certamente iria dar uma coça na gente.
As horas passaram enquanto eu estudava para a prova, até que, quando eu vejo, um e-mail está em minha caixa de entrada. É o Enciclopédia que, desta vez, mandou um e-mail só para mim:

From:Enciclopédia.Completa@msn.com
Date: Wed, 16 Jun 2010 16:31:50 -0300
Subject: Re: [Formação Profissional] Aula presencial - segunda-feira, 21
To: To: Meu.e-mail@hotmail.com
Subject: Disfunção narcotizante
Mensagem:

Bruno,

Parabéns por saber o que é a disfunção narcotizante. Agora espero que você saiba que ela é praticada, principalmente, nos grandes portais de notícias, que nós jornalistas alimentamos. Espero, também, que você concilie esta teoria com a prática.

A minha reclamação surgiu, primeiramente, porque você enviou dois e-mail's com a mesma pergunta. A pergunta dizia respeito às fichas de horas complementares. Eu mandei para o grupo para que todos saibam que eu, particularmente, me incomodo com e-mail's que não acrescentam, seja pelo seu conteúdo repetido ou por conter spams e correntes.

As nossa fichas de estágio poderão ser entregues até o dia 24/06. Nos murais de cada sala de Comunicação foi fixado cartazes contendo tal informação. Pena que essa informação não estava relacionada nos sites de busca como o gloogle.

Espero que você tenha compreendido.

Att,

|| Enciclopédia Completa


O “gloogle” ficou bravo com a minha resposta, acredita? Revelando a maldade escondida por trás desta mensagem bonitinha, ele quis dizer:

Bruno, Parabéns por saber o que é a disfunção narcotizante. É claro que em sua ignorância de 1º anista , você não percebeu que ela não é usada no Orkut, como você disse, mas sim nos grandes portais de notícias, que nós jornalistas, algo que você acha que vai ser, alimentamos.
Fiquei tristinho por você ter mandado um número imenso de e-mails para mim. Não sou matemático, então não posso nem ao menos contar, mas acho que foram dois! A pergunta dizia a respeito de horas complementares, caso você não saiba o e-mail que você mesmo mandou. Eu mandei para o grupo para que todos saibam que EU, já que sou praticamente Deus, me incomodo quando a ralé do primeiro ano pergunta coisas que eu já sei. Eu já sei de tudo, não tenho que ficar lendo coisas de vocês mortais.
As nossa, sem o “S” mesmo, fichas de estágio poderão ser entregues até o dia 24/06. Nos murais de cada sala de Comunicação foi fixado cartazes contendo tal informação. Pena que essa informação não estava relacionada nos sites de busca como gloogle, onde eu sei, por que tenho complexo de Deus, que você pesquisou o que é a disfunção narcotizante.
Espero que você tenha compreendido, mesmo sendo do 1º ano.
Att
|| Enciclopédia Completa


Ele cismou com a disfunção narcotizante não se sabe o porquê. Explicando em poucas palavras, disfunção narcotizante é o que os meios de comunicação fazem com a gente. Atualmente temos informação de todos os lados, na internet, no rádio, no celular, no computador, na TV, nos jornais, livros, revistas... É muita coisa. O efeito disso é narcotizante, faz com que fiquemos alienados a essa informações, sem qualquer emoção. Um exemplo disso é que vemos todos os dias que as pessoas morreram e não sentimos nada por isso. É chamada Disfunção, e não apenas função como o Enciclopédia disse em seu primeiro e-mail, por que isso não trás coisas boas, somente coisas ruins.

Outra coisa chata foram os erros dessa mensagem. Tá vai, erros na internet são aceitáveis, a minha mensagem também tem. Meu Blog deve estar cheio de pequenos erros. Agora quando você critica um jornalista, o mínimo que se espera de você é que nunca esqueça do plural nas palavras, e nunca, mas nunca mesmo, invente portais de busca como o “gloogle” por ele citado, mas fale de sites já existentes como o Google.
Eu também fiquei bravo, e respondi a altura:

Muito obrigado pelos parabéns! Me sinto muito inteligente agora que você reconheceu meu esforço em tentar ser um bom aluno. Infelizmente talvez eu não seja um bom comunicador. Deveria ter explicado que o que eu disse a respeito do Orkut ser o local exato para a disfunção em questão trata-se apenas de uma opinião, pois não vejo vantagens no uso da narcotizante. Por isso é lá [Orkut] onde ela deveria ficar. Mas é uma ótima informação. Vou corrigir pro pessoal agora mesmo. Não se preocupe.

Eu mandei duas perguntas iguais por que vi que o professor enviou-nos um e-mail e não respondeu. Pensei que ele poderia ter apagado o e-mail por engano. Acontece de vez em quando.

Agora entendi que sua reclamação surgiu destes numerosos dois e-mails. Céus! Fiquei assustado, achei que tinha lotado sua caixa de e-mail. Ufa, né?

É uma pena mesmo. Poderia estar em sites como o Google. Seria incrível! Mas não sei você, eu prefiro continuar com os livros mesmo.

Totalmente compreendido. Espero o mesmo de você.
Att


Não tenho a menor idéia do que significa a sigla “Att”, mas deixei ela lá.
Depois dessa bonita troca de farpas um sentimento de consciência pesada pairou sobre mim. O mesmo sentimento que tenho depois de fazer cada postagem que me deixa bravo. Eu não sei o que acontece, mas existem pessoas e organizações que precisam ouvir certas coisas. Além do mais, as pessoas têm que saber a verdade sobre gente que não é o melhor exemplo para nós.

Não que eu seja o dono da verdade, eu não sou; Não que eu tenha o direito de fazer o julgamento de quem está certo, eu não tenho esse direito. Mas meu dever como jornalista é dizer a verdade sobre tudo, não importa o que aconteça. E é isso o que vou fazer. Faço um acordo com os leitores deste Blog e os que acompanham ou vão me acompanhar durante minha vida profissional: informar a verdade, sempre, custe o que custar. Gente mentirosa e gente suja, por favor, fiquem longe de mim, por que perto de mim vocês vão cair, não importa quem sejam.

O que coloquei neste blog hoje não é margem para um julgamento de quem é limpo e quem não é. Descrevi minha conversa com o Enciclopédia mais por que minha irmã disse que parecia uma crônica. Podemos tirar diversas conclusões do que aconteceu, mas não vou falar todas as que eu pensei. Vou só deixar bem claro que nada me irrita mais do que mentira, sujeira e injustiça. Isso o que o colega fez foi injusto. Ele não tinha o direito de dizer o que disse na frente de todo mundo. Insultou a todos com aqueles comentários. Fui tranqüilo com ele, mas não serei tão tranqüilo assim se o assunto for mais sério.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Estou com o Dunga.



Essa foi a minha posição desde que um dos sete anões assumiu a nossa seleção. Quis fazer essa postagem antes da seleção começar sua performance na Copa para que ninguém me diga porcarias depois. Estou com o Dunga, primeiro, por que ele era jogador, segundo que era capitão no tetra... São bons motivos pra confiar no cara. O que me deixou mais confiante ainda é que ele está pouco se lixando para o que pensam dele ou do modo como ele comanda o time.

Mas ai ele começou a chamar jogadores com menos fama, digamos assim. Vixi, ai complicou, né? Não. Nenhum pouco, pra falar a verdade. Gostei da idéia de dar chance a outros jogadores que com certeza são muito bons.

A imprensa e o populacho desceram a lenha em cima do Dunga. Claro, ele não chamou quem os brasileiros e anunciantes gostariam... Pra piorar, ele começou a perder jogos na seleção. “Dunga Burro!!” não era muito difícil de ouvir em cada conversa. Brasileiro acha que sabe de tudo, né? Impressionante.

Contrariando essas pessoas de mente mais fechada que a minha, eu decidi não criticar o Dunga, ainda não. O cara nunca foi técnico na vida, de time algum, é natural que comece perdendo. E seria assim até que acertasse as táticas e conhecesse jogadores. Dito e feito. Começou a ganhar jogos e mais jogos, até enfiar uma Copa das Confederações goela abaixo dos críticos. Mandou todo mundo se ferrar. Muito bem feito!

Mas ai, céus! Ele, com uma campanha memorável a frente da seleção é claro, chamou um monte de jogador que NINGUÉM, a não ser ele, conhece! Cara, que absurdo! Como, pelas barbas do profeta, ele faz uma coisa dessas com o torcedor brasileiro?! Chama-se comprometimento. Para entendermos isso, vamos voltar à copa de 2006.

Lembro-me como se fosse ontem. Estava na oitava série. Namorava uma garota linda. O grandioso Parreira chamou um time de estrelas pra defender o brasão da CBF na copa. Só cara grande. Infelizmente tinha um probleminha: poucos, aliás pouquíssimos, deles estavam realmente preocupados em ganhar a copa. Tanto é que pela primeira vez na história das copas, o país campeão da Copa anterior teve que disputar uma vaga para o Mundial seguinte nas eliminatórias. Fizeram da Copa um canal publicitário e nada mais. Ganharam milhões com ela... Fazendo esterco no campo. Vergonha. Não jogaram como se esperava. A goleada contra o Japão (4-1), por exemplo, não foi merecida. Adversários jogaram muito melhor. Até que a seleção foi chutada da Alemanha por quem? França. Deve ser a mesma daquela vez em 98, né? Eu acredito piamente que foram comprados [como em 98]. Se quisessem, iam fazer francês comerem grama na volta pra França.

A estupidez não parou por aí. Depois de fazer aquela cagada contra a França, o time não teve nem a decência de pisar em solo brasileiro pra dar algumas explicações ao povo. Não estavam nem aí. Muito menos o técnico. Viajaram direto para seus times gigantescos e milionários. A população foi feita de idiota por aquela delegação comprada por alguns milhões para deixar a França viver mais um pouquinho. Ficamos todos aqui, chupando dedo, e eles lá, comprados.

Até que chegou o Dunga e acabou com a palhaçada. Pegou só jogador que realmente quis participar da Copa pra ganhar mesmo. Gente boa, que representa o trabalhador da forma que tem que ser representado. E mesmo com a campanha impecável que fez ainda tem gente que critica. Depois reclamam que ele deu os treinos fechados. Ta na hora de dar um voto de confiança, né?

Eu to com esse cara ai >>> DUNGA. E vou concordar com ele ainda que saia na primeira rodada. Por que mesmo que isso aconteça, ele fez mais que certo em chamar jogador comprometido. Não são os melhores, com certeza, mas são os mais guerreiros. Mesmo que saiam, vou saber que fizeram o impossível pra trazer o ouro pra casa. É claro, se fizerem a cagada que os coleguinhas fizeram em 2006 de se venderem ou não derem as caras depois de perder, ia mando pro inferno também.

Vai lá, Dunga. Traz seu Segundo pra juntar com os outros Quatro.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Mini Lady Gaga... Olha onde chegamos!


Hoje está sendo um péssimo dia. Estou de um mau humor terrível! E pra piorar, vou fazer de um assunto que me deixa possesso! Mas, em respeito a você, tentarei não usar palavrões.

Como eu já havia dito em alguma das postagens, eu odeio quando os pais tiram a infância dos filhos. Deveria haver leis contra essa prática.

Eu estava assistindo o “Qual é o Seu Talento” do SBT no sábado a noite. Devia ser algum especial só com crianças. Pô, legal e tal, bacana essa iniciativa de mostrar os talentos de quem é o futuro do país. Legal, até que apareceu a tal da Mini Lady Gaga... (acabo de dar um suspiro de raiva aqui).

Velho, me diz um negócio: quanta merda tem que ter na cabeça de alguém pra deixar o filho inocente se rebaixar a esse nível, literalmente, ridículo? A menina apareceu de maiô no palco de um programa nacional, cantando, não dublando, mas cantando, “Oh oh oh... Eu te excito... Com a minha pistola do amor...”!!! Pro inferno!!

Isso é um absurdo! Chega a ser inacreditável! Pra começar, a Lady Gaga não é o exemplo de filha que todo o pai quer ter. A mulher é uma perua, as roupas que ela usa, as letras das musicas dela, olha a ........... (disse que não ia falar palavrão. Imagine qual palavra fica melhor no pontilhado) que ela faz no palco! Cara! E o pior é que a menina, que já é uma sensação na internet, cantou [o que me levar a concluir que ela ensaiou, o que me leva a concluir que ela sabe outras músicas, o que me levar a concluir que nessa idade já tem muito lixo na cabeça, o que me leva a concluir que os pais têm muito mais, já que eles deixam, o que me leva a concluir que eles não deveriam ser pais]!

Mas não para por ai não. Já não estava muito bom, mas piora... Muito. Como se não bastasse o nível que essa criança já está, por causa dos pais, ela desse mais ainda. Foi convidada a ir no “Domingo Legal”, um programa com um alto nível de decência, é claro, super recomendado para crianças, para fazer sei lá que droga com o seu maior ídolo: Luan Santana. Tá, até ai tudo bem. Luan Santana, pô. O cara só canta músicas horríveis e completamente vazias, sem muita imoralidade. Ele só ajuda a acabar com o verdadeiro sertanejo, tentando juntar com Rock, e dando outro nome. Quê mal há nisso?
Claro, se levarmos em consideração o que ele falou para uma revista por ai, as coisas ficam uma pouco mais feias. O moleque, que nasceu só um ano antes de mim, vomitou as seguintes palavras: “Não vejo problema em pegar fã, mas namorar já é outra coisa. Há certas coisas que não abro mão, entre elas, sexo”. É bacana que ele respeita bastante as fãs deixando bem claro a única coisa que ele quer, mas eu não vou falar dele, ainda não. Vou falar apenas que não há nada mais nojento que deixar uma criança na mesma sala que uma pessoa dessas. E eu que gostava de “Barney” e “Castelo Rá Tim Bum” quando era criança...

Os pais deviam proteger a loirinha, mas não estão nem aí. Ensinam letras indecentes pra ela cantar na TV, permitem que use uma mulher perturbada e asquerosa como exemplo e a levam pra ficar de frente com um pirralho de 19 anos de pura imoralidade sexual. Pais assim não podem ser pais. Pais que se aproveitam da inocência de uma criança para ganhar dinheiro dessa forma. Sim, eles ganham rios de dinheiro para a pequena, que não tem nem 10 anos, aparecer na TV.

Ah velho, quer saber... To quase dando uma voadora em alguém. Se liga ai, né. Sem mais comentários.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

a Razão que eu sigo



A razão está na moda. Atualmente seriados como o “House (FOX)” e o “Lie to Me (FOX)” fazem a cabeça da nova geração de pensadores do planeta. O que vale agora é a razão... De novo. É claro que apesar de esse ser o bacana da vez, a emoção não foi deixada de lado, mas isso não importa agora, o que importa é que eu também entrei nessa de razão.

Desde que eu me lembro, eu nunca me deixo levar muito pelo coração, e quando faço isso, me sinto péssimo. A razão é o que governa a minha cabeça, meus atos e pensamentos. Sempre antes de fazer algo eu reflito se isso é realmente o certo a fazer e se aquele é o momento certo a se fazer. Será que vai ser bom? Eu vou quebrar a cara? Alias, pra quê eu to fazendo isso mesmo? Coisas bacanas como contar pra alguém que eu gosto daquela menina, ou desabafar num momento triste, ou confiar em determinadas pessoas se tornaram inúteis pra mim. Esse é o perigo da razão.

Logicamente nem sempre eu consigo agir inteiramente racionalmente. Talvez por que eu seja adolescente ainda. A razão me diz que os adolescentes em geral agem conforme as regras do coração. Tenho tentado me desfazer desse tabu. É difícil. Hoje mesmo eu briguei com meu pais por causa de emoção. Só precisa de alguém pra descontar o que eu estava sentindo na hora. Só meu pai estava acordado. Fui injusto com ele. Não foi certo, não tenho o direito de descontar meus problemas nas pessoas assim tão egoisticamente. A razão me proíbe disso.

Muitas vezes também eu acabo moldando minhas palavras para que elas me façam parecer um ser humano perfeito. Quem sabe eu não esteja fazendo isso agora. A razão me faz ter esse comportamento. É um exagero de razão.

Em contrapartida, no momento estou terrivelmente atraído por uma garota linda do terceiro ano. Ela é loida, baixinha, um ano a menos que eu... Perfeita. A razao me diz que isso vai passar, cedo ou tarde. Por que? Atração física é irracional, e o que é irracional passa (sim, é unicamente atração física, até por que eu nem conheço a garota).

Por outro lado a razão me impede de falar com alguém sobre isso, por que ela me diz que não fará diferença alguma na minha vida. A única coisa que será diferente é que mais gente vai saber disso e, racionalmente, isso é ruim. Nunca vi nada bom em desabafar com alguém, além é claro do sentimento de alívio. Racionalmente isso é bom, mas racionalmente é inútil. Entramos num circulo muito mau.

Mas existe também outro lado, um lado bom de ser governado pela razão. E esse é o lado que eu chamo de racional. Deixo de fazer e faço muitas coisas por causa desse lado. O que eu mais gosto é que é esse o lado que me mantém acreditando em Deus e na criação Dele.

É extremamente irracional não acreditar em Deus. É absurdo cogitar a possibilidade de o mundo ter sido criado pelo acaso. Isso é uma das coisas mais ilógicas que [não] existem. Cara, me diz um negócio, como, mas como!, seria possível que uma explosão gerasse vida? Isso não existe, só em filmes de ficção! Tá certo que os cientistas têm seus argumentos, mas são argumentos furados por que é ilógico crer em algo assim.
A verdade é que eu admiro esses caras que acreditam nessas coisas. Admiro muito a fé que eles tem. Eu sou um cara de pouca fé. Tenho vergonha da pouca fé que tenho. Se eu tivesse mais fé, acreditaria na evolução, por que é preciso muita, mas muita fé mesmo pra acreditar em algo tão absurdo.

Olha esse texto da BBC Brasil do dia 8/6/10 – “Os planetas do Sistema Solar foram criados pela colisão de pequenos planetas que orbitavam em torno do então recém formado Sol. Durante as colisões, os pequenos planetas derretiam e se juntavam, formando planetas cada vez maiores”. Não é preciso muita fé pra acreditar numa besteira dessa?? Planetas colidiram e formaram planetas... Bacana isso, né. É legal por que a gente vê que quando os carros colidem, formam-se outros carros. É impressionante. Fora que outro dia, jogando bola, eu colidi com um jogador do outro time, e advinha... Formou-se um jogador novo.

Assim como Lewis, eu também não tenho fé suficiente para ser ateu, e menos ainda pra ser evolucionista. É como acreditar que as historias do Star Wars podem ser verdadeiras. Alias, minto. Acreditar no Star Wars é muito mais fácil e lógico que o Big Bang. Todo mundo sabe que num futuro distante os seres humanos se relacionarão com ETs falantes e muito feios, e, mesmo com toda a tecnologia disponível, o governo e as roupas serão como na republica romana antiga, enquanto batalhas espaciais em naves sinistronas acontecerão há anos-luz acima de nós. Mais possível que a evolução, com certeza.

A verdade é que se mais pessoas levassem a razão em consideração, ninguém acreditaria que explosões podem dar vida. É muito mais fácil e lógico acreditar num Ser poderoso que criou tudo. Alias, isso é bem mais provável. Não vou, me recuso a acreditar em contos de fadas, em histórias de ficção. Prefiro acreditar na Razão mesmo.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Legendários?? Não parece...



O mundo está cheio de gente que quer fazer alguma coisa pelo mundo. Cheio de gente que pode fazer alguma coisa. Mas a verdade é que poucos realmente fazem alguma coisa. E infelizmente, para o desgosto total do meio ambiente, alguns dos que podem fazer só fazem pra aparecer. É o caso do Legendários da Record.

O Legendários é um ótimo programa que tenta unir o humor do Pânico na TV com o jornalismo do CQC. É bacana isso, eu gosto. Gosto muito do Legendários. Assisto sempre. E quero que o Marcelo Tas faça o “Ombrinho Whatever”. Mas eu realmente não entendi direito o que eles foram fazer lá na mancha do petróleo.

A proposta do Legendários é levantar a galera pros acontecimentos do planeta, sejam eles política, meio ambiente e etc. É uma ótima proposta, poucos programas fazem isso. O CQC acordou o brasileiro pra política, e o Legendários, supõe-se que faça algo parecido, mas, numa grandíssima oportunidade que teve, não fez.

Direto ao ponto: se eu quisesse simplesmente saber o que está acontecendo no Golfo do México eu assistiria algum jornal. Não preciso do Legendários para isso. O que o Legendários fez foi mostrar o que está acontecendo lá, não muito diferente do que o Jornal Nacional, por exemplo. O que eu quero, o que todos querem, é ativismo. E a Record é a emissora mais cotada pra isso. Cara, a Record é a única emissora com peito suficiente pra desafiar a tudo e a todos. É a única que encara a toda poderosa Globo e sai pro tapa com ela. A Record é a única que pode sair por ai e falar o que quer de quem quiser. E a Record não fez NADA, a não ser visitar nos EUA como se a mancha de petróleo fosse algum ponto turístico.

Sou fã do Legendários, mas desta vez, o programa me desapontou. O mesmo programa que armou um Trio Elétrico na frente do congresso, o programa que tá levantando o Brasil pro “Ombrinho Whatever”, gente, é o mesmo programa que não levantou uma palha pra ajudar na mancha de petróleo! Ah sim, claro, a equipe raspou a cabeça, UAU! Incrível. Só vamos torcer para que cinco cabeças raspadas sejam o suficiente pra acabar com o petróleo lá, né. Fica evidente ai que a Record não tem capacidade para assumir um programa grande que se compromete a tentar mudar o mundo. Fica claro que o interesse da emissora é mesmo de qualquer emissora: DINHEIRO. A Record não quer nem saber de meio ambiente, assim como a Globo e todas as outras.

Confesso que estranhei quando vi o Mion pedir para não mandar os cabelos “pra gente(Record)”, mas sim entrar no site, que eu nem sei qual é, e enviar uma encomenda internacional – super barata com certeza, e bem acessível à população brasileira, é claro. Mion, você acha realmente que o Brasil vai mandar, por livre e espontânea vontade, quilos de cabelo pros EUA? Você acha realmente que o site em INGLÊS que tava no GC vai ajudar alguma coisa? A maioria no Brasil só conhece o idioma inglês pela legenda do DVD.

O que se esperava do Legendários era que se criasse uma campanha gigantesca, envolvendo todo o Brasil – e a Record tem capacidade pra isso, e muita –, a qual o Legendários, em nome da emissora, se comprometesse em levar os cabelos pra lá. Cara, é o mínimo que eu espero de um programa que quer se firmar como LEGENDÁRIO. Ser legendário não é aparecer, cara. Ser Legendário é ir mais fundo que todos os outros.

Erraram nessa. Eu esperava mais. Vamos ver se eles acertam, ou pelo menos não erram mais. Seja como for, não parece, mas gosto muito do programa e vou continuar assistindo. E admiro muito o Mion também. Aliás, não é justo dizer que o programa é cópia de outros. É um programa muito bom. Mas por favor, né. Desse jeito o slogan: “A gente pode não mudar o mundo, mas tamo tentando”, vai ter que mudar para “A gente não vai mudar o mundo, por que nem tentamo, só aparecemo”.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Tenho nojo da postagem anterior...

...Mas a minha opinião continua a mesma.

Vou arriscar no Serra mesmo



Demorei mas estou de volta! Foram alguns meses de abandono a este Blog, mas nunca o esqueci. Acontece que o trabalho e a faculdade estão me atolando até o pescoço. Mesmo assim encontrei tempo para soltar meu desabafo como um vômito atolado em minha garganta. (Que comparação safada, essa...)

Pois bem, esse semestre está acabando, e o próximo vai acabar rápido também, sendo assim o que me deixa preocupadão são as eleições. Estamos numa faze em que coisas demais estão acontecendo. Copa do mundo, campeonato brasileiro, acidentes ecológicos e a natureza dando o troco... Todas essas coisas estão tapando a visão do brasileiro para o meteoro que vai cair em nosso território no ano que vem. Vamos descobrir o nome dessa catástrofe só depois das eleições. Já está na hora de se preocupar.
Igualmente, muitas coisas também estão acontecendo depois que eu decidi fazer jornalismo. Uma delas esta relacionada à forma com a qual eu escrevo. Você pode notar que as frases estão mais enxutas, o que eu aborreço, mas não estou conseguindo assumir uma postura mais rebelde com as minhas palavras, como fazia antes. Outra coisa foi a minha opinião acerca do meu voto.

No começo do ano eu não queria sujar minhas mãos com essa carniça de Brasília que vai concorrer ao governo do meu paísinho. Meu conselho era um só e eu não pensava duas vezes para soltá-lo: NÃO VOTE e justifique com qualquer desculpa estúpida ou VOTE EM BRANCO. E acabou! Eu não votaria mesmo. Cara, numa democracia em que sou obrigado a votar, o que é estranho numa democracia, ainda por cima tenho que escolher um entre uns cinco ladrões,cada um com seu passado escuro, vindos todos de partidos nojentos, que vai representar o brasileiro lá fora. Vou ter que escolher o cara que vai aumentar os impostos, roubar e fingir que nada está acontecendo no congresso e no país. Cara, eu é que não vou votar. Tá, mas ai você vem e me fala: “Meu, se você não vota você não tem o direito de reclamar depois, por que você não ajudou a escolher”. Ai eu digo, além de um bom palavrão, que é exatamente por isso que eu posso e VOU reclamar, por que não fui eu quem escolheu, foram vocês! Seja como for, vocês são culpados nisso, e culpa é a última coisa que eu quero pra mim.

Porém, como eu disse, mudei minhas crenças a respeito dessa eleição, em particular, para presidente. Eu iria votar em branco, porém o Serra ganhou o meu voto e eu espero, do fundo do meu coração, que ganhe o seu também. Eu tenho os meus motivos e vou dizê-los.

Pra começo de conversa, a Dilma sargentão é mais chegada à uma ditadura esquerdista radical do que o Lula. As pessoas se incomodam que o Lula fica visitando e ajudando ditadores e terroristas, o que é um absurdo, mas a Dilma vai fazer pior. O PT tá ficando amiguinho da pior gente do planeta. Eles vão afundar o que conhecemos atualmente por liberdade. Fora que um dos rumores é de que a Dilma vai puxar um pouco as rédeas da imprensa, e começa assim, vai cortando aos poucos até que a gente acaba igual ao Zimbábue, que tem um filho da mãe que não solta o poder por nada e tá dando descarga no país. E é lógico que não to nem um pouco a fim de perder a minha liberdade jornalística quando eu me formar, né.

E por que a Dilma tem tendências radicais esquerdistas? Bem, é só levar em consideração que ela foi terrorista contra a ditadura do Brasil. A verdade é que eu concordo com o que ela e seu grupo fizeram pelo Brasil na época da ditadura. Cara, é como eu digo, pra lutar contra gente suja tem que ser com sujeira. Não adianta você jogar com as regras se o seu oponente trapaça o tempo todo e o juiz tá do lado dele. Pra lutar contra um governo sujo, radical e violento, como foi a maldita ditadura, só através de sujeira radical e violenta. Ninguém iria conseguir tirar os militares do poder pedindo pra eles através dos meios legais e humanitários. Não estou dizendo que os fins justificam os métodos, já que isso é um absurdo total, o que estou dizendo é que alguns fins justificam os métodos, como por exemplo seqüestrar riquinhos que vinham ao Brasil para apoiar a ditadura. Acontece que a Dilma fez certo em ser dura como foi, mas, acredite, ela vai fazer a mesma coisa quando estiver no poder do nosso país, só que puxando a sardinha pro lado dela, do partido e dos empresários, cujos interesses sempre vão contra o que é melhor pra população. Ah, os empresários! Mais um argumento contra a Dilma. Mas só depois, agora tenho que ir ali do lado pra assistir o jogo do Brasil contra o Zimbábue.

Pronto. Já foi o primeiro tempo. O jogo tá horrível. Eu botava fé no Brasil, mas com aquele time só da pra ganhar do Zimbábue mesmo. Mas, voltando à Dilma, cara, ela não é presidente, ela é Coronel, alguém de alta patente que recebe ordens. Ela não age por si própria, mas sim por pessoas que trabalham por trás dela. Quem é que manda então? Não, não é o partido, e uma penca de empresários nojentos e riquíssimos, brasileiros e não brasileiros. São esses que, na verdade, mandam em nossos presidentes. Acima de tudo na Dilma. Ela é na verdade um produto, um boneco de argila, nas mãos desses empresários que fazem o que querem com ela. A Dilma é uma aparência, uma embalagem, uma carinha feliz que esconde quem realmente manda. O que ela é hoje é o que ela foi feita para que não se visse o que tem por trás. E por que não escolheram outra pessoa pra ser presidente, alguém mais famoso que fez mais coisas na administração do Lula? É simples, por que a Dilma é como a minha irmã mais nova, manipulável.

E que fique bem claro, eu não apoio o Serra, não apoio nenhum candidato, nunca. O Serra é só mais outro que não vale nada, mas, acima de tudo, sou totalmente a favor da completa liberdade, e essa liberdade ficará em risco com a Dilma. Não façam isso com nosso país. Só espero que eu não esteja falando de mais, ai o Serra é eleito e vira um grande ditador. É claro que isso não é o que o partido dele faz. A marca do PSDB é a venda. Eles vendem tudo. FHC vendeu o Brasil inteiro, só não vendeu a mãe por que acabou o mandato, por que se não... Mas com ele (Serra) no poder, pelo menos vamos poder continuar falando e fazendo o que bem entendemos com quem bem entendemos, na hora em que bem entendemos.

É você quem decide.

PS: Se você for votar no Serra, vote, mas, por favor, não faça a idiotice de continuar votando depois. Pelo bem do Brasil, vote em branco para todos os outros cargos.

PS,2: Faz o favor de deixar um comentário, inferno!

quinta-feira, 25 de março de 2010

"A Vergonha"


-Luiz Fernando Verissimo sobre o BBB


Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A décima (está indo longe) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos "heróis", como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um "zoológico humano divertido" . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os "animais" do "zoológico": o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a "não sou piranha mas não sou santa", o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados..

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?

(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores )

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

quinta-feira, 4 de março de 2010

A História de Ester na Record


Ontem, dia 03/03, no canal da Igreja Universal começou a nova mini-serie brasileira: A história de Ester! Confesso que gostei muito. Não só por que a é uma história fantástica e muito bonita. Tudo naquela história bíblica faz sentido. As coisas vão acontecendo separadamente, mas se juntam no final e fica tudo legal. Parece com os seriados que passam atualmente, sabe o “24 Horas”, o “Lost”, “Flasforward” – menos conhecido. Mas eu gostei também pelo mesmo motivo que gostei do Força Tarefa da Globo: A TV brasileira está crescendo na direção de Hollywood, e isso é bom para gente como eu que gosta muito de um bom filme. Estão começando a fazer filmes com histórias épicas de custo alto, ou seriados de ação como os americanos, e isso é muito bom. É claro que ainda estamos longe de ter algo bom e brasileiro pra assistir. Dá pra ver claramente que essas produções globais e universais (espero que você tenha entendido) ainda são ruins pra caramba, se comparadas às produções hollywoodanas, mas já da pra assistir sem dormir. É claro que as mesmas são muito boas, se comparadas às porcarias que são as novelas brasileiras. Eu assisti um pouco de força tarefa e pretendo ver o Ester também.

Mas como tudo o que se faz no Brasil, essa ai também veio carregada inúmeras situações que não têm sentido algum! Claro que tendo em vista que é uma produção baseada em uma história bíblica, a culpa não é do Brasil, mas sim dos produtores que tentam lucrar com a criatividade divina, que foi a responsável por encaminhar os acontecimentos dessa bela história. Parece que ninguém sabe conduzir um filme ou série bíblica seguindo o que já foi escrito. Colocam situações e mais situações que, velho, não precisa!! A história já é bonita demais, não precisa ficar modelando aos moldes atuais. Para os produtores, não é uma simples história, é um meio de lucro. Eles tentam vender, e acabam fazendo besteira. Sempre tem que colocar o “dedão” ocidental nessas produções. Mas beleza, não vou falar muito disso. Quero me demorar um pouco mais em algumas coisinhas que eu percebi e que poderiam ter sido evitadas sem ter que mudar muito o roteiro ou perder muitos “clientes” telespectadores. São coisinhas que mostram claramente o despreparo dos roteiristas, ou a ganância dos diretores.

A primeira dessas coisinhas é quanto á linguagem dos personagens. Os cenários foram muito bem feitos, as roupas, os costumes da época, mas a linguagem desses caras foi sacanagem! Eles usam palavras bonitas, sabe, por exemplo: “Protocolo”. Mas, eu não sei direito, não sou especialista, mas pra mim é óbvio que ninguém usava uma palavra como essa. Protocolo... Você consegue imaginar alguém há uns 3 ou 4.000 anos atrás falando isso? Sem contar os sotaques dos personagens. Imagina o Ronaldinho falando... Isso é um problema de tudo o que é feito na TV brasileira. É incrível! Pode prestar atenção. Todas as novelas, qualquer novela brasileira, mesmo as que não têm nada a ver com o Brasil como “Negócio da China” – chineses espertos, “Caminho das Índias” – Indianos espíritas, “O Clone” – Árabes igualmente espíritas, “Poder Paralelo” – Italianos mafiosos, e todas as outras, os personagens todos falam “carioquês”. Ninguém, cara, ninguém é de São Paulo, do Distrito Federal, ou do Ácre que seja. Todo mundo é do Rio de Janeiro, até quem nasceu na Índia, na China, ou na Pérsia, que é o caso da Ester-fluminense. Os diretores querem fazer essa coisa vender, mas não cuidam do sotaque dos personagens! Será que eles não param pra pensar que o sotaque carioca veio depois do descobrimento do Brasil na data fantasiosa de 1.500?? O rei Assuero, que casou com a Ester, não podia ser do Rio. Nem a mulher dele, nem o Hamã, nem Ester, nem ninguém! E isso vale pras novelas citadas também. Para os diretores só existem cariocas, assim como para os americanos só existem americanos.

Nessa mini-série há uma ocidentalização da história, além do sotaque carioca, é claro.Um exemplo disso é a cena em que Hamã passa na rua, na hora do desfile e tal. Então alguém dá a ordem para que todos se curvem ao Hamã, e eles obedecem, menos o Mordecai – conhecido também como Mardoqueu. Hamã então vai até ele e o empurra com força. O velho vai no chão, se machuca, Hamã tira sarro, vai embora, coisa e tal... Até ai, tudo bem. Até que os que estão em volta resolvem ajudar a levantar o pobre do Mordecai. Um imbecil qualquer então, comentando sobre o ato do Hamã, dispara: “Isso é um absurdo!”. Absurdo é a mente do cara que fez as falas! Aquele era o costume da época. É um absurdo hoje, a 3.000 anos não! Mordecai não era um hospede, ele era um escravo! Escravos eram empurrados e não saíam por ai dizendo que as coisas eram absurdas, isso era normal! Não que ele gostasse, é lógico que não gostava. Mas o povo dele perdeu a guerra, não tinha que reclamar se fosse empurrado! Isso é um absurdo para nós, pós-modernos, mas pra época deles não. Fico indignado com isso. Fora que Mordecai era da guarda do rei, ele não cairia facilmente nem se fosse velho. A história do bispo Macedo, e olha que é bispo, mostra o cara como um vendedor, ou algo assim.

Outra ocidentalização foi quando Ester está relembrando seus pais conversando com ela quando era pequena. Até que a mãe começa a falar do colar da família. Aí o pai dela diz: “... que nossos ancestrais ficaram 40 anos no deserto guiados somente pela fé no Deus antigo...”. Essa doeu muito, mas muito, mas muito mesmo. Não por que não foram só 40 anos, foram 80, 40 até o Jordão e mais 40 vagando até a geração da época morrer. Doeu por causa do “Deus antigo”. Nós falamos “Deus antigo”. Os povos da antiguidade, além de não falar “protocolo”, não falavam “Deus antigo”! Não era antigo pra eles, era muito atual, tanto quanto deveria ser para nós. É como se eu dissesse: “Antigamente eu comi arroz e feijão”, sendo que eu comi arroz e feijão ontem, e não a 4.000 anos atrás. Deus antigo, essa foi boa...

Como se não bastasse, nessa produção aos moldes de uma novela mexicana, ou brasileira mesmo, fizeram com que a mulher de Hamã traísse a mulher do rei. Parece que ela é parte de uma conspiração gigantesca,com o objetivo de dar um golpe de estado no rei. Ela sacaneou a rainha e a convenceu a não ir até os convidados do rei para que eles pudessem vê-la. Tá, isso é perdoável, já que a história original diz que o rei estava bêbado e queria que a mulher tirasse a roupa na frente de todo mundo. É perdoável por que, pelo menos dessa vez, a cena não ficou tão imoral assim, embora fosse muito melhor mostrar a mulher mostrasse respeito próprio e auto-confiança, sendo firme como a mulher atual deve ser, contrariando uma ordem do rei para defender sua honra. Muito melhor do que mostrando ela sendo enganada e depois se humilhando, tentando voltar atrás. Outra situação característica de novela foi quando o rei ordenou que todas as virgens do reino fossem trazidas pra ele poder escolher. Na mini-série as moças foram arrancadas de suas casas, do jeito que estavam, e foram levadas ao rei. Para deixar a coisa mais estranha ainda, Mordecai escondeu Ester para que ela não fosse levada. A história real nos mostra um concurso de beleza completamente livre. Até porque, que mulher, em sã consciência, não gostaria de ser a esposa do rei e rainha do MUNDO?? Elas não correram e os soldados não obrigaram, elas foram por que quiseram. E Mordecai ainda disse a a Ester deveria ir. Fora que, com certeza, não foi um acontecimento imediato, demorou meses para que todas as moças de todos os reinos chegassem ao palácio.

Hoje eu vou assistir de novo. Deixando os terríveis erros – que poderiam ser facilmente corrigidos – de lado, é uma série legalzinha... Bom, pelo menos o primeiro capítulo não foi chato. Mas vamos ver, né. É claro que eu não estou muito confiante não, viu. Acho que as produções brasileiras têm muito a crescer ainda. As séries e mini-séries geralmente têm dois ou três capítulos para me convencer a assistir, e eu não confio na TV brasileira. Mas, vamos ver o que o bispo tem pra mim.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Não quero crescer...Mas querer não é poder, e crescer não é crescer


Geralmente pessoas da minha idade não vêem a hora de crescer e ter sua própria vida e tal. As pessoas acham que assim vai ser melhor. É claro que quando ficam grandes percebem que as coisas na verdade ficam piores, as responsabilidades aumentam, as burradas e idiotices que fazem também e a possibilidade de ir pra cadeia por causa delas.
A gente tava, sexta-feira, perdendo tempo lá em campinas, eu e a minha família. Já tinha me esquecido de que sair com o meu pai ocupa o meu dia inteiro. Ele gosta de ocupar todo o tempo disponível com absolutamente qualquer atividade, não importa qual, contanto que gaste horas da minha vida e que dê pra ele dar uma disfarçada dizendo que ele não quer estar lá tanto quanto eu. Mas isso não importa. O que importa é que eu precisava comprar um tênis, e seria muito mais rápido comprar na aqui quando chegássemos, mas meu pai tava doido pra conhecer o Shopping D. Pedro, então usou meu tênis como desculpa. Fomos até lá. Eles conheceram o Shopping e eu me mordi de raiva por que estava sem tempo. Fui direto ao tênis que eu queria, um "All Star". Esse ai da foto, embora as pernas não sejam minhas. Não era a cor que eu queria, queria um preto, por que eu não tenho preconceitos, mas... UAU! As pessoas sabem que eu gosto desse tênis e só desse tênis, então foi o que eu comprei. Mas onde eu quero chegar com essa merda toda é no que a minha irmã falou. Disse que eu não tinha mais idade pra usar tênis assim! Po! Acabou comigo. Eu tive que ouvir esses e outros comentários sobre calçados, roupas e, pasme, homens... Ela estava com o cartão do banco e a senha, então eu tive que ouvir. Mas não tenho idade pra usar All Star?? To Crescendo? Crescendo? Será que ninguém percebe que desde que eu tinha oito anos eu não cresci nada, só para os lados!!
As pessoas querem crescer, mas isso não é tão bom quanto parece. A sociedade vive de exemplos, de vidas passadas. Ninguém leva a vida por si próprio, as pessoas olham a vida escrota das outras ou os maus exemplos dos filmes e resolvem ser iguais. Vê se pode? Eu não entendo esse povo? Até por que existem muitas crianças que têm muito mais cabeça do que muito adulto por ai. E, existem muitas crianças por ai que são mais adultas do que bilhões de adolescentes que tentam parecer adultos.
Chegamos a uma sociedade moldada da mesma forma que um papel amassado. As pessoas querem as crianças crescendo mais rápido do que deveriam. A sexualidade na TV é um exemplo disso. Cada vez mais mulheres estão usando pouca roupa na frente de crianças, bebês falando palavrões, garotinhos e garotinhas dançando funk ou forró, ouvindo NX Zero, Green Day... Na minha época a moda era Barney! Eu convivi a minha vida inteira com gente rica, crianças ricas. Hoje, mais do que nunca, eu percebo o que os pais daquelas crianças fizeram com elas, obrigando-as a crescerem mais cedo, deixando de lado a infantilidade delas para ensinarem a se portar como adultos...
Bom, eu não cresço mesmo. Radicalismo total! Uso "All Star", dou risadas de coisas que não têm sentido, e ainda brinco de "007". Sério, é só eu estar em um lugar legal com qualquer coisa na mão que me lembre uma arma e eu saio atirando em inimigos invisíveis sem problema algum, com a consciência totalmente tranqüila. Só parei de brincar de pega-pega (no mais puro dos sentidos) por que meus amigos da minha idade pararam também. Eu corria mais, então não tinha graça... Pra eles, eu adorava. Esconde-esconde? Brincaria até hoje, se tivesse companhia. Polícia e ladrão, gim, carrinho... Se alguma das minhas leitoras quiser brincar de casinha comigo, ficarei muito feliz. Claro, cada um em sua casa, afinal a brincadeira só tem graça com a pureza das crianças.
O fato é que crescer não é tão bom. Eu gostaria de ter a minha infância de novo, e se desse, eu faria tudo o que eu fiz novamente, do jeito que eu fiz. Bom, acho que algumas burradas eu não cometeria de novo, mas no geral faria tudo igual.
Eu lembro quando os professores e os monitores da escola diziam que eu era louco por que brincava de 007 no pátio e subia as escadas escorregando no corrimão de cabeça pra baixo. Mas meu, isso não é loucura, isso é infância, é uma parte integral da vida das pessoas. Eu ainda subiria as escadas dessa maneira sem qualquer problema, mas eu não quero correr o risco de perder minha vaga na universidade... Jesus mesmo disse que gente como as crianças são as que vão pro céu, e francamente, eu quero estar lá. A verdade é que a vida é um caos. E gente adulta é quem deixa ela esse caos. Eu não quero fazer parte dessa gente. Eu gostaria de não ficar adulto. Sempre quis assim, desde que eu me lembro. Aos sete anos as outras crianças viravam pra mim: "Caramba! Como eu gostaria de ser adulto", ai eu pensava um pouco e concluía que ser grande não devia ser tão bom assim. Ainda tenho certeza de que estou certo quanto a essa conclusão. Quê criança pensa assim? Acho que eu cresci cedo de mais e não quero crescer por isso. Mas é inevitável, e se eu tenho que crescer, que seja da maneira errada: Tentando não crescer. Pensando bem, acho que essa é a maneira certa.