sábado, 26 de setembro de 2009

Lembranças



Eu nãos sei bem qual era o titulo da crônica que a Paola fez no simulado do 2º bimestre, a única coisa que sei é que ficou fantástica! Gostei muito mesmo, por isso fiz dela um post no meu blog. Tomei a liberdade de dar um titulo, já que não sei qual havia sido. Então, “Lembranças”, por Paola Barbosa:

As lembranças de Rosana em minha cabeça ainda são nítidas e me remontam ao passado. Tempo bom e não muito distante, mas que assombra minha mente, principalmente na hora de dormir. Lembro-me de tudo, de todos os detalhes. Sua forma de falar, o jeito que acariciava meu rosto e como me abraçava no frio. Sua voz sussurra em meu ouvido e me acorda, todos os dias, dizendo:
- Bom dia meu cristal, vamos lá ver o sol?
A figura de minha mãe, que me acalmava na infância, faz parte das loucuras da minha vida adulta. São alucinações que aparecem, mas logo vão embora quando a primeira lágrima cai do meu rosto, deixando lembranças e eu, sua ‘pequena’, sozinhas neste mundo tão grande. Queria que essas imagens sumissem da minha alma e que eu, finalmente pudesse viver em paz, como nos tempos dela. Mas algo dentro dessa alma vazia diz que tenho que suportar essa dor por ela.
Ainda não entendo como minha mãe, mulher mediana, cabelos castanhos e olhos verdes, aquela que para mim, era o sentido da minha existência, pôde me deixar só, neste mundo incerto. Era por ela que gritava quando caía no chão? Era aquilo que chamava de mãe? Então como ela pôde me deixar para lutar por um ideal, sendo eu seu maior ideal? Venha Rosana, me conte!
Deixei de chamar Rosana de mãe, a partir do momento em que ela saiu de moto, abanando a mão e sorrindo, ela dizia:
- Eu volto, Paola. Mamãe promete.
Pois bem, ela não cumpriu e me deixou. Seu aceno de mão levou minha doce alma, Rosana. E seu sorriso, aquele que era o meu sorriso, atualmente é marca da minha tristeza. Mas eu te amo, te amo Rosana!

Paola Cristina Barbosa


Homenageado do Dia: Neném
O neném é um grande amigo meu. Um cara que eu tenho muita consideração. Acredite, de Neném ele não tem nada
A gente cresceu junto na Clinica Adventista de São Roque. Conheço o cara desde que ele nasceu e vice-versa, já que temos a mesma idade. Ele morava a 800 metros da minha casa, então eu sempre estava lá na casa dele fazendo alguma coisa por lá.
A gente sempre foi meio dupla. Onde um estava, o outro tava também. A gente passou altas aventuras juntos. Assaltamos a cozinha da Clinica quando os funcionários foram viajar, fomos ameaçados por um policial armado quando entramos no terreno dele sem autorização, brincamos de 007 entrando em todos os lugares da Clinica, éramos uns loucos.
Em 2007 fomos para a FADMinas. Lá brigamos centenas de vezes, mas fizemos as pazes – sem que um precisasse pedir desculpas ao outro – todas as vezes. Mas algo que me marcou muito foi que, incontáveis vezes, eu me senti triste e sozinho naquele colégio. Quando isso acontecia, eu ia pra algum canto, sozinho, e ficava lá, vendo os outros se divertindo e eu lá,sozinho. E era nessas horas que o Neném deixava os amigos que ele tinha lá (e eram muitos, mas muitos mesmos) e ia até onde eu estava. Então ele, sem dizer uma palavra, sentava do meu lado, em silêncio, e ficava lá, como se tentasse, de alguma forma, dividir consigo mesmo a tristeza que eu sentia. Não entendia aquilo. Por que ele deixaria a vida social dele pra sentar com um Zé ninguém e ficar lá olhando o povão se divertir, sem dizer uma palavra? Fazemos coisas assim por amigos que valem mesmo a pena...
Obrigado, Neném, pela amizade e pelas lições que me ensinou.

Bjo.me.manda.um.recado.no.orkut

Um comentário:

  1. Jack, obrigada por publicar essa crônica. Obrigada mesmo. Nunca imaginei que você tivesse gostado mesmo. Mas mesmo assim, obrigada.

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