segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Call of Zulu - 2, Missão Impossível



Em meio ao desespero da minha amiga Rebecca, resolvi botar meu cérebro maldoso para funcionar e redigir a segunda crônica Call of Zulu. Essas crônicas narram coisas que supostamente acontecem nas reuniões secretas na sala dos professores da escola básica do UNASP-c2. Essa daqui é a conclusão da crônica anterior. Call of Zulu é uma das besteiras que eu coloco nesse Blog, e é também uma pequena homenagem aos meus professores que são muito legais com o povo aqui. Dá uma olhada:


Uma noite. Dessa vez, quarta-feira. Após um longo e terrível dia de aula, professor N é chamado de volta à escola. Havia acabado de chegar. Tinha tirado os sapados e comido um pouco de sopa de ervilhas, enquanto assistia às porcarias faladas por Will Boner e sua esposa que nunca envelhece. Seu telefone havia tocado quando ele estava na terceira colherada. Disse alguns palavrões e calçou novamente o sapado.
Dirigindo até a escola, ouvia aquela música famosa, Kiss Me.
O que será que o diretor queria dessa vez? Por que será que o patrão convocou aquela reunião imediata?
Chegava à escola na mesma hora em que o Gol do pr. Jônatas.
- Boa noite, professor! - Cantou o pastor. Boa noite professor era a mais nova música de seu CD.
- Boa noite, pastor! - Professor N até tentou cantar também, mas sua piada não foi bem aceita.
Entraram os dois no prédio escolar. Logo uma multidão de monitores cercou os dois professores, para protegê-los de tudo o que poderia acontecer-lhes de ruim no prédio escolar. Eu não sei bem o que poderia acontecer de ruim no prédio escolar...
A sala dos professores estava com a porta aberta. Todos conversavam alvoroçados, como num poleiro.
- Oh! Good evening! - Saudou a professora Creriane. Também não sei da onde tiraram esse nome pra lá de exótico.
Os três últimos professores entraram em meio aos altíssimos gritos da professora Ana Paula, como sempre bem vestida com altíssimas grifes internacionais, de altíssimos preços e altíssima elegância.
Procuraram rapidamente um lugar para se sentarem, no meio daquela zorra de pessoas extremamente inteligentes.
Ele chegou. O respeitado rei daqueles seres humanos abarrotados de diplomas de mestrado e doutorado, o césar daquela Roma colegial, o supremo pontífice entre a administração e a tesouraria, o faraó das pirâmides estudantis... Sim, oh criança, sim! O Diretor. Olhava com admiração aquela pugna de argumentos. Professores da área de humanas jogando seus argumentos contra os professores da área de exatas. Estava uma bagunça, uma guerra fria intelectual.
Mas alguém, no meio da confusão, acabou acertando uma bola de papel bem no meio da testa do excelentíssimo soberano do prédio escolar. E ele, numa desesperada ação por algo que lhe fez tanto mal, acertando-lhe sua central de informações, sua caixa torácica cerebral, sua frontal e bronzeada testa, exclamou num brado poderoso, um sonoro, imponente e ameaçador:
- Ai.
Ninguém ouviu. Continuaram sua guerra de inteligências.
- Senhores! Senhores, por favor!! - Aquele que lhes pagava o salário, tentava, mas não conseguia, calar sua geração de professores enfurecidos.
Até que no meio de tantos gritos, ouve-se o barulho de um chicote no chão. Tudo se cala imediatamente. Foi o professor Zulu.
O som de um vento de velho oeste foi ouvido. Nada, além disso passava por aquela sala.
- Obrigado, professor. - Agradeceu o diretor.
- De nada. Aquela mosca também estava me incomodando. - Ele falou enquanto abaixava novamente a cabeça, fixando seu olhar na mosca que morria em meio a tanta agonia. Tal inseto que fora atingido pelo professor Zulu quando este lhe desferiu um poderoso golpe com o chicote, fazendo a professora Eliana chorar de dó.
- Bem, convoquei os senhores a esta reunião extraordinária por que um determinado assunto arrancou-me o sono. Rebecca e o Homem X. Como eles estão?
- Vossa alteza, se me permite?
- Claro, professora Stella.
- Oh supremo, estão bem, pseudo-namorando.
- Pseudo?
- Sim oh sumo-sacerdote do ensino desta escola, que bondosamente usou de misericórdia para comigo, dando-me um emprego melhor. X ainda não fez o pedido formalmente. - Disse o professor Murilo
- Então nós temos que agir agora!
- Lindinho, não acho que seja um boa idéia. - Disse a professora Eliana.
- Concordo com a professora. Essas coisas vêm com o tempo. Temos que deixá-los se acertar. - Disse Ruy, o professor.
- Sim, Soberano, eles até deram um selinho. - Disse o professor Elias.
- Selinho?! - Desesperou-se o diretor.
- Sim, vossa alteza, mas não foi nas dependências do prédio escolar... - Disse o professor Newton
- Só um selinho?! Assim vocês me matam! Por que não foi de língua?
- Não sabemos, vossa santidade. - Respondeu a professora Stella.
- Certo. Vamos seguir o conselho do professor Ruy e dar tempo a esses dois. Vamos para a próxima missão. Um de nossos alunos mais encalhados. Temos que ajudá-lo. Seu nome: Bruno Quares...
- Blasfêmia! - Levantou-se o pastor Jonatas. Blasfêmia, inclusive, era o a faixa 8 de seu mais novo CD.
Nesse momento o tumulto voltou a tomar conta da sala dos professores. Levantaram-se e começaram a gritar desesperados. Não se entendia meia palavra do que se dizia.
- Anh... Senhores, por favor. - O diretor tentava acalmar. - Senhores, sentem-se, por favor. Senhores...
A bagunça foi repentinamente interrompida por um barulho alto, forte e extremamente imponente. Todos se calaram e olharam para o professor Zulu. Perceberam que ele havia piscado.
- Vossa alteza, isso é impossível! - Disse o professor Elias.
- Matematicamente impossível!
- Quimicamente impossível!
- Fisicamente impossível!
Disseram os professores de matemática, química e física, respectivamente.
- Completamente impossível! – Reclamou a professora Stella.
- Ele até que é lindinho, mas é biologicamente incompatível com tudo. - Disse a professora Eliana.
- Não tem como! – Disse o professor Elias.
- É impossível! – Gritaram e voltaram à discussão em altíssimo tom, numa zoeira descontrolada. Mas alguém estava ali para botar ordem naquela sala.
Zulu esticou-se na cadeira, perto da parede, afastado dos outros professores, em que sentava. Respirou fundo uma última vez, e limpou a garganta. O vento que saiu de suas narinas foi tão forte que bateu nos outros professores, atordoando-os e calando-os naquele exato momento.
Tudo ficou em silêncio. Ouvia-se apenas os corações pulsando e o relógio da parede marcando cada segundo que se passava.
Zulu olhou para frente, encarando cada um dos professores ao mesmo tempo, por baixo da aba de seu chapéu “Indiana Jones”. Com seu sorrizinho macabro, o Darth Vader dos professores, imponentemente respondeu:
- Veja bem...


Homenagiada do Dia: Jeisane

Vou falar dessa moça hoje por que to devendo uma boa homenagem pra ela. Tadinha, me pediu um poema faz uns três anos, e eu nunca consegui fazer. Tantas vezes eu tentei, mas nunca consegui escrever poema. Eu sentava, escrevia, mas ficava sempre um lixo. Mas eu tenho uma dívida com a Jeisane. Já prometi que ela vai se uma das personagens do meu próximo livro e agora to falando dela aqui.
Eu a conheci quando estava no internato. Foi uma das poucas pessoas que eu sei que gostaram mesmo de mim, e foi uma das poucas que eu gostei de verdade, umas das poucas pessoas que eu posso dizer que foi minha amiga de verdade, e uma das poucas pessoas que eu posso dizer que amo muito...
Gosto muito dela por que ela poderia ter me tratado com desprezo ou me colocar sempre em segundo lugar como a maioria das pessoas, mas ela não fazia isso. Conversava comigo naturalmente e ria comigo, me deixava feliz d+!!! Principalmente quando eu tava triste. Ai ela vinha e me confortava sem saber dos meus problemas. Gostava muito disso por que ela me ajudava a esquecer as coisas ruins e me lembrar das coisas boas. Tenho apenas boas lembranças dela.
Por essas e por outras, a Jeisane se tornou alguém muito especial pra mim. Mesmo estando muito longe dela agora e não tendo muito contato, quero que ela seja minha amiga pra sempre.
Jeisane, tenho muitas saudades de você. Gostei muito de ter te conhecido. Adoro você, e levo muito a serio a nossa amizade... Beijo grande pra vc!!!


Bjo.me.manda,um.racado.no.orkut

Um comentário:

  1. Aaaaai vo morre de curiosidade,
    qero saber o fim dessa história ein Jack,
    nossa, criatividade sem fronteira essa sua!
    ameeei muito as suas postagens, em particular essa...
    RI MUUIITO!!!!
    Beeijo

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